sexta-feira, 24 de junho de 2011

A verdade e a mentira...


Mentira?
O Necronomicon é um livro fictício de invocação de demônios escrito pelo, também fictício, Abdul Alhazred, um poeta árabe louco.  O livro também seria conhecido como Al Azif (Uivo dos Demônios Noturnos). Segundo Lovecraft, azif é o nome usado pelos árabes para designar aquele barulho noturno, produzido pelos insetos, que supõem ser o uivo de demónios.  Necronomicon seria a tradução em grego do livro e significa algo como “Livro dos mortos” ou “Livro dos Nomes Mortos”.
O mito que se criou sobre a existência real deste livro, foi fomentado especialmente pela publicação de vários falsos Necronomicons e por um texto, da autoria do próprio Lovecraft, explicando a sua origem e percurso histórico.
Nesse ponto ele foi bastante detalhista, conferindo uma biografia para  Abdul Alhazred em que consta que ele teria nascido em nasceu em Sanna no Iêmen, e que teria scrito o livro por volta de 730 d.C, em Damasco. Ao contrário do que se pensa, não seria apenas uma lista de rituais e encantos, mas uma narrativa longa e complexa, sendo que alguns trechos isolados descreveriam rituais e fórmulas mágicas.  Nele são descritos numerosos rituais para ressuscitar os mortos, contactar com entidades sobrenaturais, viajar pelas dimensões aonde habitam estes seres, trazer de volta a Terra antigas divindades banidas e aprisionadas, etc. É mencionado ainda a sua simples leitura poderia para provocar a loucura e a morte.
Nesse ponto, Lovecraft inspirou-se em seus conhecimentos sobre mitologia antiga. Há referências à Biblia, aos mitos árabes e hebraicos como os Nephilins (seres gigantes, filhos anjos caídos que teriam descido à terra para possuir as mulheres humanas), e até mesmo referências à mitologia nórdica. Acompanhado da fictícia biografia de  Abdul Alhazred havia é claro uma teoria da conspiração envolvendo o Necronomicon através dos tempos. Nela, Lovecraft afirma que o livro teria sido banido pelo Papa Gregório IX em 1232, logo após a sua tradução para o latim, e que dos exemplares ainda existentes um está guardado no Museu Britânico em Londres e outro na Biblioteca Nacional em Paris.
Usando esta fórmula de atribuição a um autor antigo de um livro, cuja cópia em seu poder seria a última existente, o autor desenvolve a idéia de um livro mágico citado em suas obras, creditando possíveis excessos à alma de poeta do “autor” original do texto, que seria o tal poeta louco.
O recurso literário de se atribuir a um autor antigo a verdadeira autoria de sua obra já foi utilizada por escritores como Jorge Luís Borges e Umberto Eco.
Mesmo negando a existência real do livro, inúmeros fãs escreviam cartas a Lovecraft querendo informações sobre a autenticidade do mesmo. Um fenômeno parecido ao que aconteceu com o escritor Conan Doyle, que recebia cartas enviadas por pessoas que achavam que Sherlock Holmes existia de fato.
Entre os escritores que escreveram um Necronomicons falsos está o italiano Frank G. Ripel, fundador de uma Escola de Mistérios – a Ordem Rosa Mística. Em um de seus livros – La Magia Lunar – Ripel fornece uma tradução em castelhano do “verdadeiro Necronomicon” que, segundo Ripel, teria sido formulado há mais ou menos 4.000 anos a.C.
Entre as muitas lendas surgidas e teorias da conspiração surgidas em torno do Necronomicon há as que o ligam a figura controversa do polêmico ocultista britânico, Aleister Crowley e até mesmo aos nazistas.


Verdade? 
Filósofo árabe nascido em Sanaa, no Iêmen, autor de O Necronomicon (730), que literalmente que dizer Livro de Nomes Mortos, também conhecido como Al Azif ou Uivo dos demônios noturnos, Familiarizado com os trabalhos do filósofo grego Proclos (410-485 d.C.), sendo considerado, como ele, um neo-platônico. Seu conhecimento, como o de seu mestre, incluia matemática, filosofia, astronomia, além de ciências metafísicas baseadas na cultura pré-cristã de egípcios e caldeus. Dominava vários idiomas e fez várias viagens em busca de conhecimento, indo de.Alexandria ao Pundjab, na Índia, conheceu os subterrâneos de Mênfis e as ruínas da Babilônia, e viveu muitos anos nos grandes desertos despovoado do sul da Arábia, como Roba el Khaliyeh e Dahna, e morreu em Damasco. Embora conhecido como árabe louco, nada há que comprove sua insanidade, muito embora sua prosa não fosse de modo algum coerente. Apesar de certas extravagâncias na hora de escrever, além do caráter dispersivo, foi um excelente tradutor, dedicando-se a explorar os segredos do passado e também era um poeta. Durante seus estudos, costumava acender um incenso feito da mistura de diversas ervas, entre elas o ópio e o haxixe. As emanações desse incenso, segundo diziam, ajudavam a "clarear" o passado. Al Azif foi escrito em Damasco, e seu texto felizmente sobreviveu graças a ação do historiador bizantino, Miguel Psellus (1018-1080), um estudioso de filosofia e ocultismo, que ainda pôde salvar das pilhagens de Bizâncio uma versão grega sua do original. Ao contrário do que se pensa vulgarmente, não se trata de um grimório, livro mágico de encantos, mas de um livro de histórias. Do original, chegou à cerca de 900 páginas na edição latina, em sete volumes, e seu conteúdo dizia respeito à coisas antigas, supostas civilizações anteriores à raça humana, em uma narrativa obscura e quase ilegível.
 (http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/AbduAlha.html)

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